domingo, 8 de junho de 2008

O cemitério

Lendo meus textos, fiquei pensando cá com meus botões....a nossa mente é realmente extraordinária....de 2001 a 2004, tive amnésia total, não reconhecia nem meus filhos...só voltei a mim, graças ao saudoso dr. Henrique Del Nero, uma sumidade em psiquiatria e professor de ciencia cognitiva....lá na USP.....infelizmente só não consigo tocar mais meu amado piano...simplesmente apaguei qualquer lembrança de como se toca....até as notas musicais não reconheço....uma pena, pois eu adorava tocar piano.....Mas quando escrevo sobre determinado assunto, as lembranças vem aos trambolhões ....com uma nitidez tão impressionante , que parece que o fato se deu a dois minutos atrás.....Contando a estória da vó Maria, voltou a minha memória pequenas estorinhas acontecidas no cemitério da Penha......duas delas tem relação entre si......então começarei a contá-las por blocos.....
1-como minha casa ficava a tres quadras do cemitério da Penha, eu a Dalva e o Dário, as vezes costumávamos cortar caminho por ele....geralmente íamos sozinhos para a escola..(naquele tempo podia) e sempre íamos pela rua Caquito, depois pegávamos a av Penha de França e pronto, estávamos no colégio....mas as vezes fazíamos o caminho pela av Amador Bueno da Veiga, aí entrávamos portão principal do cemitério, andávamos por ele e saíamos quase em frente a nossa rua......em frente ao cemitério na av.Amador, tinha um montão de coqueiros, e nós na ingenuidade infantil, subíamos encima dos túmulos para pegar e comer os coquinhos...nossa era uma delícia....nunca passou pela nossa cabeça que poderíamos estar desrespeitando quem ali estivesse enterrado...queríamos mesmo era comer os coquinhos.....rsrsrsrsrs
2 e 3-Um dia quando estávamos voltando da escola, resolvemos cortar caminho pelo cemitério, lá tinha estes túmulos que pareciam capelinha, derepente vimos uma velhinha de bengala entrando dentro de um desses túmulos, na minha cabeça e na cabeça do Dário, ela era um fantasma......e toca nos dois a gritar e saímos correndo feitos dois doidos, de tão assustados que ficamos..... mas deixa estar, que dois dias depois eu fui com a filha do seu Oswaldo, dono da venda que ficava na esquina da leopoldo machado com a rua pedro Alegretti, pegar uns pacotes de cigarro na revendedora souza cruz, que ficava em uma praça no começo da av.amador bueno.....( deveria ser um sábado), então quando estávamos voltando para casa, resolvemos cortar caminho pelo cemitério...e eu começei a contar para a menina(não lembro o nome dela), a estória da velha fantasma...e ela quis ver o túmulo....lá fomos nós....quando chegamos perto...olha a velhinha denovo lá....aí nós gritamos, gritamos muito, hiper apavoradas ...e a menina no pavor, deixou os pacotes de cigarro cairem no chão...e esparramou tudo...e olha nós duas saindo correndo feitos duas loucas....chegamos na venda todas esbaforidas e sem os cigarros.....o seu Oswaldo ficou doido...e obrigou nós duas irmos com ele ver se conseguia salvar alguma coisa.....como naquele tempo a Penha era muito menos povoada, o senhor Oswaldo recuperou os cigarros...mas em compensação...depois disso, nunca mais entrei no cemitério...rsrsrsrsrsr

Um comentário:

Unknown disse...

KKKKKKKKKKKKKK.....Juju estou rolando de rir aqui..imaginando vc e sua amiguinha derrubando os cigarros e correndo da "velhinha fantasma"...
BEijos minha querida!!!